Os empresários do setor industrial finalizaram o mês de dezembro de 2019 mais confiantes. É o que demonstra o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV), que avançou 3,2 pontos no mês em comparação a novembro, atingindo 99,5 pontos, o mesmo nível de julho de 2018. Com o resultado, o índice acumulada alta de 3,9 pontos no quarto trimestre.
Segundo a análise da economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), Renata de Mello Franco, a alta da confiança em dezembro é reflexo principalmente da melhora na percepção dos empresários a sobre os negócios e do aumento do otimismo em relação aos próximos meses. "Para 2020, a continuidade da evolução favorável da confiança dependerá tanto de uma efetiva recuperação da demanda interna quanto da redução dos níveis de incerteza", comenta.
A confiança subiu em 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela instituição e o resultado favorável decorre da melhora da percepção tanto sobre a situação atual quanto sobre as expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,0 pontos, para 99,8 pontos, o maior valor desde maio de 2018 (100,2 pontos), e o Índice de Expectativas (IE) variou 2,4 pontos, alcançando 99,2 pontos, segunda alta consecutiva.
Neste mês, todos os indicadores que compõem o índice avançaram. O ISA exerceu a maior influência pelo segundo mês consecutivo, aumentando 5,7 pontos para 100,9 pontos o maior valor desde outubro de 2013 (102,2 pontos). O percentual de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa passou de 14,8% para 17,6% do total, percentual de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa passou de 14,8% para 17,6% do total, enquanto a parcela das que avaliam como fraca caiu de 20,5% para 14,6%.
O IE, que mede as expectativas do setor em relação ao volume de pessoal ocupado nos próximos três meses, foi o que mais contribuiu para a alta do índice, ao passar de 93,8 pontos para 97,2 pontos. As empresas que preveem aumento do pessoal ocupado foi de 14,0% para 15,4%, e redução da parcela dos que programam diminuição, de 13.8% para 13,5%. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,2 ponto percentual (p.p.), para 75,1%, embora encerre 2019 0,8 p.p. acima do nível de janeiro do mesmo ano (74,3%).
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