As vendas de cimento no mercado interno de 2020 - na comparação por dia útil (melhor indicador da indústria por considerar o número de dias trabalhados e que tem forte influência no consumo de cimento) - totalizaram 4,5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 0,9% frente a janeiro de 2019, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).
No período, o consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 4,5 milhões de toneladas. O resultado representa uma queda de 1,3% em relação a janeiro de 2019.
O desempenho foi puxado pelo mau desempenho das regiões Norte, com queda de 4,8%, e Sudeste, retração de 3,2%, causados, principalmente, pelas fortes chuvas que atingiram ambas as regiões no período, com destaque para Minas Gerais, maior produtor de cimento no País.
Mesmo com leve retração, o SNIC continua otimista e mantém a expectativa de crescimento no ano acima de 3%. "O desempenho do setor continuará sendo sustentado basicamente pelo segmento de edificações. O resultado da melhora do mercado imobiliário em 2019 deve continuar este ano, alavancando assim as vendas de cimento. As grandes expectativas ficam por conta do anúncio da Caixa Econômica Federal sobre a nova linha de crédito residencial sem correção e a reformulação do Programa Minha Casa Minha Vida, que deverá ganhar impulso" explica Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
O executivo lembra que o setor de infraestrutura, que diminuiu significativamente sua participação no consumo de cimento desde 2015, deve ser objeto de preocupação governamental imediata. "O programa de concessões e privatizações devem ser acelerados e as obras paralisadas retomadas com urgência", conclui Penna.
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