Dados da pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), elabora pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que até o mês de março, período ainda pouco influenciado pela pandemia da Covid-19, as indústrias do setor registraram crescimento de 2,4% no faturamento na comparação com o mesmo período de 2019. O Índice da Abramat também aponta que em março, os fabricantes faturaram 0,4% menos do que em fevereiro, mas 7,1% a mais que março do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor tem crescimento de 2,0%.
Quanto aos empregos no setor, a entidade esclarece que utiliza como fonte primária o Caged, cuja última edição disponibiliza pelo governo é relativa a dezembro de 2019. Desde então, a versão pública do cadastro não teve atualizações.
Os números apresentados no estudo são relativos a janeiro, fruto de projeções feitas pela FGV, já publicados na edição anterior do índice e que indicavam alta de 0,4% em janeiro. A partir do próximo mês, a Abramat informa que não publicará informações sobre as vagas de emprego no setor até que os dados oficiais sejam atualizados.
Apesar das primeiras medidas de combate à pandemia terem sido tomadas em março, o período compreendido pela atual edição do estudo sofreu interferência mínima restritivas.
Para a diretora da entidade, a conjuntura apontada pelos dados pode representar um último fôlego antes das adversidades impostas pelo caráter extraordinário do atual contexto "Os números que vemos no índice foram positivos e isso é importante, sobretudo com as perspectivas da economia brasileira para os próximos meses", pondera Rodrigo Navarro, presidente executivo da Abramat. Segundo ele. a entidade está com o canal de diálogo aberto e ativo com o governo, buscando a construção conjunta de medidas que possam minimizar os impactos que a recessão econômica de caráter global possa ter no setor.
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