A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulga hoje, 10 de novembro, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando os dados de faturamento do setor.
A pesquisa indica que, em outubro, houve leve aumento no faturamento das indústrias de material de construção. O resultado do mês é de crescimento de 0,3% sobre setembro. Na relação com o mesmo mês de 2021, houve retração de 0,1%, o que representa a menor diferença desde que a comparação passou a ser negativa em setembro do ano passado. Com esse resultado, o faturamento da indústria do setor fica 6,6% abaixo do verificado no mesmo período de 2021.
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, observa que, tradicionalmente, a FGV faz uma revisão das projeções anuais no último trimestre, quando já se dispõe de mais informações sobre a dinâmica corrente do mercado.
Segundo ele, a revisão atual indicou um faturamento deflacionado de menos 2,2% quando comparado com o ano anterior. "Apesar da diferença do faturamento entre 2022 e 2021 seguir reduzindo, são vários os fatores que contribuíram para esta revisão par baixo. Primeiro, a combinação de inflação alta e taxa de juros também alta impactou de forma expressiva o consumo das famílias, o que está se refletindo, diretamente, sobre as vendas no varejo", frisa.
Outro fator, segundo Navarro, foi a formação de estoques mais elevados, como uma maneira de proteção à falta de alguns produtos/insumos e aumentos de preços, consequência de externalidades ocorridas sobre as cadeias produtivas no Brasil e no mundo. "Por outro lado, a atividade fabril e a pretensão de investimentos continuam em níveis iguais ou maiores que aqueles prépandemia, indicando que esperamos um 2023 positivo, certamente com muito trabalho junto aos novos governos e Congresso renovado", finaliza.
Avaliações